Um dos maiores equívocos no Marketing Multinível acontece tão logo o empreendedor comece a recrutar. Ele passa a sonhar com um perfil ideal de pessoas para expandir sua rede rapidamente, o pulo do gato. Para ele, o perfil vai se formando mais ou menos assim: preciso de pessoas de “nível”, que tenham boa renda para investir, de preferência empresários, médicos, políticos, advogados, engenheiros…
Quando aprendemos que precisamos recrutar para crescer na empresa, naturalmente usamos nossas referências anteriores (as do emprego) para entender o recrutamento e fazer essa atividade funcionar. Mas, dessas referências a única coisa que podemos aproveitar é a postura profissional, pois o processo em si é totalmente diferente. Em MMN, não é você quem recruta alguém, é a pessoa que SE recruta. Você pode fazer um convite profissional, colocar a pessoa em uma apresentação que mostre informações, as vantagens do negócio, possibilidades de ganhos, mas você apenas estará no controle de parte parte do processo. Recrutar é encaminhar um prospecto por um processo de auto-seleção, onde é ele quem decide se irá agarrar a oportunidade ou se irá deixá-la passar.
No Brasil, culturalmente somos direcionados ao emprego desde de cedo; obviamente não aprendemos muito ou quase nada sobre a livre iniciativa e negócio próprio. Ouvimos que emprego é seguro e que negócios são arriscados, e nunca questionamos. Esse paradigma é o mais comum e deve ser quebrado ao longo do processo de recrutamento, especialmente através de uma apresentação bem feita e reforçado depois, nos treinamentos da empresa. Você não terá a menor chance de quebrar esse paradigma sozinho, antes da apresentação. Por isso seus esforços devem se concentrar em fazer o prospecto chegar até ela.
O que determina se uma pessoa pode ou não fazer parte do MMN não é o que pensamos sobre ela; é o interesse e o motivo que a fez chegar até nós. Se ela está interessada então ela tem “nível” para fazer o negócio. Num país onde a renda média é R$ 1202,00 (dados do último Censo em 16 novembro de 2011) não podemos nos dar ao luxo de priorizar os prospectos pelo seu nível social. As pessoas que consideramos, ingenuamente, nosso público alvo pelo “nível”, não são a maioria na sociedade, muito menos no MMN. E sendo bastante franco, elas não precisam do MMN para mudar de vida. Elas já estão numa zona acima da média; não perca tempo correndo atrás delas. Não que você não irá recrutar pessoas assim; certamente irá, mas quando estiverem interessadas e procurarem da mesma forma que as demais, elas serão uma minoria pequena da sua downline, quase exceção. E você não pode construir seu negócio com exceções.
Faça um exercício prático: no próximo evento da sua empresa converse com outros empreendedores, convidados e veja como eles chegaram ao negócio. Quais eram seus medos, suas insatisfações, preocupações… Você irá perceber que a maioria não seria considerada de “nível”, pois não tinham nem dinheiro para se cadastrar na empresa. E perceberá também que as pessoas de “nível” são menos de 5% da sala. Mas todas terão em comum o interesse para melhorar de vida. Foi isso que os levou ao MMN. Aproveite o exercício e observe ainda a atitude dos que são mais bem-sucedidos na sua empresa. Note que eles não julgaram as pessoas; simplesmente falaram com o máximo possível e recrutaram um percentual delas.
As dificuldades no recrutamento não têm relação com o nível de um prospecto, quase nunca têm relação com a empresa, e sempre têm relação com falta de trabalho e treinamento do distribuidor. Você pode receber 100 prospectos de médicos, ou 100 prospectos de empresários, ou ainda pode receber 100 prospectos de donas de casa, e o resultado será o mesmo. Sabe por quê? Todo resultado é percentual de trabalho. Você não tem controle sobre a decisão das pessoas, você só tem controle sobre o que você faz a respeito. E você deve fazer seu trabalho: falar com todos os interessados e mostrar a oportunidade. Mas não seja leviano com seus números; não espere um resultado incrível por ter falado com 25 pessoas durante um mês. Essa quantidade é trabalho de 1 semana para quem trabalha 3 horas por dia.
Seja coerente com os resultados que você espera do seu negócio. Uma meta razoável é falar com 100 pessoas interessadas todos os meses. São apenas 5 pessoas por dia, 25 pessoas por semana. Em 3 meses, (plano de 90 dias) você terá apresentado o seu negócio para 300 pessoas. Em um ano, para 1200 pessoas! Nesse cenário, com certeza já terá recrutado mais de 100 pessoas, cerca de 8%. E se der tudo errado e recrutar apenas 50 pessoas? Isso será cerca de 4%. Se você recrutar apenas 4% de 1200 pessoas, você já estará entre os top recrutadores da sua empresa, além de uma grande equipe em formação, pois seus downlines também irão recrutar, não é mesmo?
É assim que finalmente entendemos que independente de perfil, classe social, escolaridade, sexo ou idade… quem quer, possui motivos para fazer, enquanto quem não quer, possui desculpas para não fazer. Mas não nos preocupemos com as desculpas, nem tentemos entende-las, é perda tempo, distração. Porque depois de muitos nãos, sempre encontraremos algum sim. Só não podemos cometer o erro de deixar faltar os nãos, ou os “sim” virarão uma lenda e o negócio não passará de um sonho que nunca se realizou, e não adianta mudar de empresa, para o próximo marketing pioneiro que surgir, nem mudar para um país onde existam mais pessoas de “nível” para recrutar, pois o problema nunca esteve fora, exceto quando aparece no outro lado do nosso espelho.
Diego Lourenço
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