Pensou em implantar silicone? Veja os cuidados

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A cirurgia para o implante de silicone nos seios está cada vez mais acessível e popular no Brasil. Tanto que o país é conhecido mundialmente pelo mercado da plástica, no qual essa modalidade lidera.

A possibilidade de atingir um ideal de beleza atrai as mulheres, mas recentes problemas com próteses de silicone francesas servem como alerta para quem pretende ou tem vontade de encarar o bisturi para ficar com o corpo dos sonhos.

O problema no caso das próteses francesas é má qualidade. O silicone delas é feito com gel industrial, que pode causar vazamento e rompimento precoce. Isso mostra como é importante que as mulheres estejam bem informadas sobre as condições e os riscos de uma cirurgia como esta antes de tomar uma decisão.

Uma das primeiras providências é escolher o tamanho da prótese. Segundo o cirurgião plástico Gustavo Aguiar de São Paulo, a estrutura da paciente e o tamanho do tórax e das mamas devem ser levados em consideração na hora da escolha, que deve combinar a vontade da mulher e a opinião do médico para um resultado proporcional.

Pós-operatório

Mas é após a cirurgia que começa o período de maior cuidado para as mulheres. É nesta etapa que algumas medidas são imprescindíveis, como o uso de um sutiã cirúrgico por no mínimo 30 dias, a limitação dos movimentos dos braços durante duas a três semanas (é preciso manter os cotovelos junto ao corpo) e proteger a cicatriz – que costuma ter em torno de 3,5 centímetros – do sol por três meses. O resultado permanente da cirurgia, quando o silicone já estiver completamente acomodado nas mamas, só poderá ser notado a partir do terceiro mês, de acordo com Gustavo Aguiar.

É também nesse período que as mulheres devem investir em tratamento complementares, como as massagens feitas com fisioterapeutas especializados. Elas podem ser feitas a partir de 15 dias após a cirurgia, principalmente em pacientes com inchaço na região. Segundo a fisioterapeuta Juliana Borges, esse tipo de massagem tem como benefícios a ajuda na cicatrização, a melhora da nutrição da pele, a volta da funcionalidade e também evita o “encapsulamento” da prótese.

Essa é a complicação mais frequente para quem coloca silicone. Também chamada de contratura capsular, o que acontece é que “o organismo reage, formando uma cápsula em torno da prótese – que fica endurecida”, diz o cirurgião Gustavo Aguiar. Se isso acontece, não há prejuízo à saúde da mulher, mas é necessário trocar a prótese.

Foi o que aconteceu com a publicitária Marina Maior, de 23 anos. Um ano após submeter-se à cirurgia para colocar próteses de 300 ml, ela sentiu o silicone imóvel e duro, e precisou voltar ao médico e se submeter a todo o processo mais uma vez.

Mesmo assim, Marina diz que faria tudo de novo. “Fiquei muito mais confiante e feliz com o meu corpo. Passei do sutiã 42 para o 44/46 e minhas roupas passaram a vestir melhor. Sempre que alguma amiga comenta que tem vontade de colocar, eu dou a maior força, pois sei o bem que uma cirurgia dessas pode fazer não só fisicamente, mas psicologicamente”, diz.

Sensibilidade

Ao contrário do que pode se imaginar, raramente o silicone corre o risco de vazar dentro do corpo da mulher. Segundo o cirurgião plástico Gustavo Aguiar, o silicone está protegido na prótese, só vaza se for de qualidade ruim. Nesse caso, o que pode acontecer é uma irritação local; o líquido não se espalha na corrente sanguínea. Daí é necessária uma cirurgia para retirar esse material e substituí-lo por novas próteses.

Outro risco que a cirurgia pode oferece à paciente é a alteração da sensibilidade nos seios. Em geral, no pós-operatório a sensibilidade à dor aumenta nas mamas ou apenas na região dos mamilos, mas volta ao normal conforme o tempo passa. Em alguns casos raros, existe a possibilidade da perda permanente da sensibilidade nos seios.

A jornalista Camila Nogueira, 25 anos, colocou implante de silicone em janeiro de 2011 e experimentou uma perda da sensibilidade na região do mamilo (que já voltou ao normal) e embaixo do peito, que ainda não voltou completamente, mas afirma que não é algo que cause grande desconforto.

Para Camila, a cirurgia valeu a pena. “Não achava meus seios muito pequenos, mas eram desproporcionais ao meu tamanho”, diz. O procedimento também serviu para deixar os seios mais empinados e igualados, já que um lado recebeu uma prótese de tamanho levemente diferente do outro (280 ml e 300 ml).

O pós-operatório de Camila foi tranquilo. “Em dois dias eu já estava levantando os braços, quase não tive dor”, diz. Uma das coisas que a ajudou a evitar o enrijecimento e dores nas mamas foi fazer um tratamento especial com uma fisioterapeuta para amenizar fibroses. Para clarear algumas estrias que surgiram com o esticamento da pele, ela fez sessões de carboxiterapia. “Quem pensa que é só fazer a cirurgia e pronto, está enganado. Tem que investir em tratamentos, usar sutiã cirurgico e ter paciência. Estou muito feliz com o resultado”, contou.

Manutenção

Segundo Gustavo Aguiar, em algum momento é preciso fazer a troca das próteses, mas é o organismo que vai mostrar quando o silicone precisará ser substituído. Segundo o cirurgião, a paciente deve ficar atenta a possíveis alterações nas mamas, quanto ao formato e à sensibilidade. Em geral, a troca é feita de dez em dez anos, mas pode acontecer precocemente, antes de cinco anos, ou tardiamente, depois de dez anos da cirurgia.

Mas, após o tempo necessário de recuperação, o mais comum é que as pacientes levem uma vida completamente normal com as próteses. A mulher está liberada para praticar atividades físicas, amamentar e ser muito mais feliz com o corpo do jeito que sempre quis.

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Sobre Celso Silva

Meu nome é Celso Silva; nasci no Rio de Janeiro, em 24 de fevereiro de 1950. Aos 17 anos ingressei na Escola Preparatória de Cadetes do Exército, em Campinas, São Paulo, e após 3 anos, fui para a Academia Militar das Agulhas Negras, em Resende, Rio de Janeiro, formando-me em dezembro de 1973. Segui a carreira militar, passando para a reserva como coronel.
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